Não sei pra onde correr nem o que fazer, preciso entrar em forma, mas tenho preguiça de ir no mercado. Minha vida amorosa está escondida em algum canto escuro e acabei por descobrir que ela funcionava melhor quando eu estava em uma fase autodestrutiva e decadente.
Deveria fazer cinema, deveria fazer intercâmbio. Quero um trailer pra viajar e ganhar o dinheiro pra comer e abastecer a partir de artesanato. Poderia jogar tudo pra puta que pariu e ir morar na casa do caralho. Começar do zero é fácil, já que eu não tenho nada.
Ideias não faltam, desejos transbordam, o comodismo e o medo parecem me segurar enquanto as ilusões e sonhos me empurram pra um novo caminho onde tudo que importa é o bom e velho espírito burguês que, regado de poesia, música e qualquer outra manifestação artística, dá sentido a vida. O sentido de que nada tem realmente sentido, onde o roteiro deve ser improvisado, o cenário é o mundo e a arte se faz presente com todos aqueles que aparecem pelo caminho.
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